Psiquiatria infantil: quando procurar?

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Psiquiatria infantil: quando procurar?

A psiquiatria infantil é uma área fundamental da medicina que visa a saúde mental de crianças e adolescentes. Muitas vezes, sintomas como irritabilidade, desinteresse escolar ou dificuldade em socializar podem ser confundidos com comportamentos comuns da infância. No entanto, em alguns casos, eles podem sinalizar problemas que requerem a intervenção de um psiquiatra infantil.

psiquiatria infantil quando procurar


Neste artigo, vamos responder às principais dúvidas sobre quando procurar um psiquiatra infantil, o que ele trata, quais são os sintomas de ansiedade em crianças e muito mais.

arvores verdeQuando devo procurar a psiquiatria infantil?

Dores de cabeça em crianças são um sintoma comum, que pode ser causado por uma variedade de fatores. Vamos explorar detalhadamente as possíveis causas, apoiadas por estudos e dados estatísticos para entender melhor a frequência e a gravidade desse problema.

Saber o momento certo de procurar ajuda profissional é essencial para garantir o desenvolvimento saudável da criança.

Pais e cuidadores devem ficar atentos aos seguintes sinais:

  • Mudanças no comportamento: irritabilidade extrema, agressividade ou retraimento social;
  • Problemas escolares: dificuldade de aprendizado, desinteresse repentino ou queda brusca no desempenho;
  • Alterações no sono ou apetite: insônia, sono excessivo ou perda significativa de peso;
  • Sinais de ansiedade ou depressão: medos excessivos, pessimismo constante ou tristeza prolongada;
  • Dificuldade em lidar com emoções: crises de choro, dificuldade em se acalmar ou explosões frequentes;
  • Queixas físicas recorrentes: dores de cabeça, dores de barriga ou cansaço frequente, sem causa aparente;
  • Comportamentos autolesivos: machucar-se intencionalmente ou ameaçar fazer isso.

Se um ou mais desses sintomas persistirem por semanas e impactarem a rotina da criança, é importante buscar uma avaliação com um psiquiatra infantil.

Além disso, há situações específicas em que a ajuda deve ser considerada mais rapidamente, como:

  • Eventos traumáticos: separação dos pais, perda de um ente querido, violência doméstica ou bullying;
  • Sinais de TDAH: dificuldade de concentração, impulsividade e hiperatividade excessiva;
  • Sintomas de autismo: comportamentos repetitivos, dificuldade de interação social e atrasos na comunicação.

Quanto mais cedo a intervenção for feita, maiores são as chances de um tratamento eficaz, prevenindo complicações futuras.

casa verdeO que trata o psiquiatra infantil?

As dores de cabeça em crianças às vezes podem indicar problemas mais sérios que requerem atenção médica. É essencial saber identificar os sinais de alerta que necessitam de uma avaliação profissional.

Sinais de alerta

  • Intensidade e frequência: dores de cabeça que são severas, recorrentes ou que pioram progressivamente.
  • Mudança de padrão: qualquer mudança significativa no padrão das dores de cabeça, como aumento da frequência ou intensidade.
  • Dores noturnas: dores de cabeça que acordam a criança do sono.
  • Sintomas associados: presença de náuseas, vômitos, visão embaçada, tontura, dificuldade para andar, febre, ou rigidez no pescoço.
  • Após traumatismo: dores de cabeça que surgem após uma criança bater a cabeça, mesmo que pareça um impacto leve.

O papel da família e do ambiente no tratamento

O psiquiatra infantil não atua sozinho. Parte fundamental do tratamento envolve orientar a família e outros cuidadores para promover um ambiente mais acolhedor e estruturado. Muitas vezes, mudanças simples na rotina familiar ou escolar já trazem uma grande melhora nos sintomas da criança.

Além disso, o psiquiatra pode trabalhar em conjunto com outros profissionais, como psicólogos, pedagogos, neuropediatras e terapeutas ocupacionais, garantindo um tratamento mais completo e eficaz.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 10% das crianças e adolescentes em todo o mundo sofrem de algum transtorno mental, sendo a maioria dos casos de ansiedade e depressão. Além disso, estima-se que 50% dos transtornos mentais começam antes dos 14 anos de idade, reforçando a importância de uma intervenção precoce.

Exemplo prático

Imagine uma criança de 8 anos que, nos últimos meses, começou a reclamar diariamente de dores de barriga antes de ir à escola. A princípio, os pais acreditaram que se tratava de um problema físico, mas os exames não indicaram nada. Além disso, ela começou a evitar participar de atividades com os colegas e demonstrava um medo intenso de ser chamada para apresentar algo em sala de aula. A família percebeu que os sintomas estavam prejudicando a rotina da criança e procurou um psiquiatra infantil. Após avaliação, o profissional diagnosticou um quadro de ansiedade generalizada e indicou o tratamento adequado, com acompanhamento psicológico e ajustes na rotina escolar.

Pesquisas indicam que cerca de 7% das crianças entre 3 e 17 anos sofrem de transtornos de ansiedade. Esses números vêm aumentando nos últimos anos, especialmente devido ao estresse escolar, problemas familiares e uso excessivo de tecnologia.

urso verdeQual idade a psiquiatria infantil atende?

O psiquiatra infantil atende desde os primeiros anos de vida até a adolescência. Em geral, o atendimento abrange crianças de 0 a 18 anos. Nos casos em que os sintomas surgem muito cedo, a intervenção precoce é essencial para evitar complicações ao longo do desenvolvimento.

Por exemplo, crianças pequenas com atrasos na fala, dificuldade de interação social ou comportamentos repetitivos podem se beneficiar do acompanhamento especializado.

arvore verdeQual a diferença entre neuropediatria e psiquiatria infantil?

Embora ambas as especialidades atuem em áreas relacionadas ao desenvolvimento infantil, elas possuem funções diferentes:

Imagine uma criança de 6 anos que apresenta dificuldade de aprendizado, desatenção extrema e episódios de crises nervosas frequentes. Os pais decidem levá-la inicialmente ao neuropediatra, que investiga questões neurológicas, como possíveis atrasos no desenvolvimento ou disfunções motoras, e solicita exames como ressonância magnética e eletroencefalograma para descartar causas neurológicas. Paralelamente, o psiquiatra infantil avalia aspectos emocionais e comportamentais, observando sinais de TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade) e ansiedade. Trabalhando em conjunto, ambos os profissionais montam um plano integrado, que envolve medicação, intervenções educacionais e terapias comportamentais, garantindo um acompanhamento completo para a criança.

  • Neuropediatria: abrange os especialistas no diagnóstico e tratamento de doenças neurológicas, como epilepsia, paralisia cerebral, atrasos motores ou dificuldades de aprendizado com base em causas neurológicas.
  • Psiquiatria infantil: foca nos transtornos mentais, emocionais e comportamentais, como ansiedade, depressão, TDAH e autismo.

Em muitos casos, os dois profissionais trabalham juntos para garantir um tratamento completo e adequado para a criança.

casa verdeQuanto tempo leva para um psiquiatra dar um diagnóstico?

O tempo necessário para que um psiquiatra infantil chegue a um diagnóstico depende de diversos fatores, como a complexidade dos sintomas, a colaboração da família e o histórico da criança. Em geral, esse processo pode levar semanas ou meses, dependendo do caso.

O diagnóstico segue algumas etapas importantes:

  • Primeira consulta e coleta de informações: o psiquiatra realiza uma avaliação detalhada do comportamento e histórico médico da criança. Os pais ou responsáveis são ouvidos para descrever os sintomas, comportamentos observados e eventuais gatilhos. Essa etapa é crucial para entender o contexto familiar, social e escolar.
  • Entrevistas e questionários: muitas vezes, o profissional utiliza questionários específicos, escalas padronizadas e entrevistas com os cuidadores e a criança. Ferramentas como o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) auxiliam na identificação dos transtornos.
  • Observação clínica e acompanhamento: a observação do comportamento da criança em consultas subsequentes é fundamental. O psiquiatra pode solicitar avaliações complementares com psicólogos, neuropediatras ou fonoaudiólogos, garantindo um diagnóstico mais preciso.
  • Exclusão de causas físicas ou neurológicas: para descartar problemas orgânicos, o médico pode encaminhar a criança para exames adicionais ou avaliação com outras especialidades, como neuropediatria.

Tempo estimado: em casos simples, como sintomas claros de TDAH ou ansiedade, o diagnóstico pode ser obtido em duas a três consultas. Contudo, situações mais complexas, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA), podem demandar meses de acompanhamento e a avaliação conjunta de outros profissionais.

Exemplo prático

Uma criança com sinais de desatenção extrema e dificuldade de aprendizado pode ser inicialmente avaliada pelo psiquiatra infantil em duas consultas. Caso os sintomas persistam e sejam acompanhados por outros comportamentos, como irritabilidade ou atrasos na fala, o diagnóstico final pode envolver meses de observação e colaboração com neuropediatra e psicopedagogo.

A chave para um diagnóstico eficiente é o acompanhamento contínuo e o envolvimento dos pais em todas as etapas.

urso verdeEstatísticas e a importância do diagnóstico precoce

  • Organização Mundial da Saúde (OMS): estima-se que 1 em cada 7 crianças e adolescentes entre 10 e 19 anos tenha algum transtorno mental diagnosticável.
  • Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) - Brasil: dados de 2019 indicam que cerca de 10% dos adolescentes no Brasil apresentaram sinais de depressão e 16% relataram sintomas de ansiedade.
  • No Brasil, um estudo realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) apontou que aproximadamente 25% das crianças e adolescentes apresentam algum tipo de transtorno de ansiedade.
  • A prevalência global de TDAH em crianças varia entre 5% e 7%, conforme a American Psychiatric Association (APA).
  • No Brasil, uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) indicou que 7,6% das crianças em idade escolar possuem algum transtorno depressivo.
  • Estudo publicado na JAMA Psychiatry (2021) encontrou que 70% das crianças com transtornos mentais não tratados apresentam dificuldades em sua vida escolar e social.
  • Além disso, 60% das crianças com transtornos psiquiátricos não tratados apresentam um risco aumentado de desenvolver transtornos psiquiátricos ao longo da vida, conforme pesquisa da Harvard Medical School.
  • Dados da National Institute of Mental Health (NIMH) indicam que a intervenção precoce pode reduzir em até 50% o risco de desenvolvimento de complicações a longo prazo, como transtornos de personalidade e suicídio, em crianças com depressão ou transtornos de ansiedade.
  • A OMS aponta que, globalmente, menos de 25% das crianças e adolescentes com transtornos psiquiátricos têm acesso a tratamento adequado.

Esses números podem ser usados para contextualizar a importância de buscar ajuda profissional para questões de saúde mental infantil e destacar a necessidade de um diagnóstico e tratamento precoces.

arvore verdeConclusão sobre quando procurar psiquiatria infantil

A saúde mental infantil é um tema que merece atenção redobrada, pois os transtornos psiquiátricos podem afetar o desenvolvimento emocional, social e acadêmico das crianças, se não tratados adequadamente. Como vimos, as estatísticas indicam que uma parcela significativa de crianças e adolescentes sofre com transtornos como ansiedade, depressão e TDAH, e muitos não recebem o tratamento adequado. Identificar os sinais precoces e buscar apoio profissional pode fazer toda a diferença no futuro da criança, prevenindo complicações e garantindo um desenvolvimento saudável.

Portanto, pais, educadores e profissionais de saúde devem estar atentos aos comportamentos e sinais de alerta, buscando orientação sempre que necessário. Se você perceber que seu filho ou paciente apresenta dificuldades persistentes, não hesite em procurar a ajuda de um especialista em psiquiatria infantil. O tratamento precoce pode ser determinante para a recuperação e o bem-estar emocional da criança, promovendo um crescimento saudável e uma vida adulta mais equilibrada.

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